"Não existe capitalismo sem racismo"

Compartilhamos um texto do amigo e antropólogo Matheus Almeida. Como ele mesmo diz, umas palavras que tentam ir à raiz e refletir sobre o racismo e o capitalismo. Convidamos a sua leitura

Reflexões rápidas de um pensamento que vai à raiz

                                                                        Por Matheus Almeida *

                                                                                                                                                                                                           

"Não existe capitalismo sem racismo", diserta una vez Malcolm X.

Se o que Malcolm X colocou está correto, então toda luta contra o racismo que não lute também contra o capitalismo é uma luta pela metade. Afinal, enquanto houver capitalismo haverá racismo.

Do mesmo modo, se esta afirmação é correta, então toda luta contra o capitalismo que não lute também contra o racismo é uma luta pela metade. Afinal, poupar um elemento tão caro ao capitalismo, como é o racismo, implicaria não combatê-lo por inteiro. Logotipo, enquanto houver racismo, o capitalismo não estará específicamente superado.

Portanto, un radical anti-racista luta (que va a la raíz del racismo) es aquél que combate también el capitalismo, ea luta un radical anti capitalista (que va a la raíz del capitalismo) es el que lucha contra el racismo.

Se isto está correto, vemos que tarefas estão colocadas: nada menos do uma revolução social generalizada, que destrua todas as relações sociais capitalistas-racistas, construindo em seu lugar novas relações sociais produtoras de uma humanidade emancipada, nem que na luta para este fim tenhamos que enforcar o último burguês nas tripas do último burocrata, vendo o último racista queimar.

Concordando con este objetivo, o meio para alcanzar-lo haveria de ser: Trabalhadores de todo el mundo, uni-vos, há muito o que revolucionar. A luta contra o racismo não é tarefa somente dos negros, é dever de todos aqueles que pretenden transformar radicalmente este mundo; Negros revolucionários de todo o mundo, unimo-nos. A luta contra o capitalismo é needária for superarmos o racismo, e nessa luta não podemos seleccionar (o querer melhor "representar") a cor das classes inimigas.

Um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes y totalmente livres é o que a vitória dessa luta nos reserva à frente.

 * Mestrando en Antropología pela Universidade de Sao Paulo -USP e membro da equipe editorial da revista Praxis Comunal