miércoles, 3 de junio de 2020

QUEREM UMA FRENTE AMPLA? EXPLICITEM SUA POLÍTICA, ARMEM SUAS FACÇÕES! Posicinamento do Grupo de Estudos em Antropologia Crítica

O Brasil esta sendo atravessado por uma crise política e isso nao é novidade. Há um debate em andamento a partir do Manifesto em favor da democracia que tenta unir diferentes personalidades e correntes ideológicas numa espece de Frente Ampla. Compartilhamos aqui o posicionamento do GEAC-Grupo de Estudos em Antropologia Crítica

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Não precisamos (nem devemos) tomar para nós mesmos a tarefa de denunciar ou, por outro lado, defender o uso de determinados símbolos por parte dos/das que pretendem, hoje, expressar seu repúdio público à estética e ao conteúdo político do atual governo brasileiro. Apropriações, ressignificações, esvaziamentos simbólicos, etc. são tão normais quanto inevitáveis. Denunciá-los abstratamente é estéril. No entanto, corroborá-los, sem mais nem menos, é chover no molhado. Nenhuma dessas posições significa nada. O que, sim, tem relevância é a conformação dos conjuntos políticos a partir dos quais pretenderemos intervir no movimento de oposição ao bolsonarismo. Tais conjuntos podem se redimensionar através do diálogo com outras agrupações. Sua composição será mutável. Não poderemos, contudo, prescindir deles. Principalmente se não quisermos que a tal “Frente Ampla” se transforme num amálgama de adesões individuais a palavras de ordem, cores ou símbolos que cada um interpreta como bem entender até que, no frigir dos ovos, alguma cúpula suprapartidária fixe as interpretações definitivas. Para contrapor essa tendência, é preciso instaurar elos intermediários entre a adesão dos indivíduos ao movimento e sua suposta representação unificada através dos símbolos disponíveis. Esses elos são, precisamente, os conjuntos políticos que já mencionamos. Para formar estes conjuntos, devemos, sim, avaliar e especificar como e por que recorremos à determinada iconografia. Explicitem sua política, amigxs! O que vocês esperam de si e dxs demais? Nada de laissez faire, laissez passer. No próximo domingo, iremos às ruas construir a destituição desse governo. Sairemos à procura de nossos conjuntos. E que sejam conjuntos novos. Esperamos encontrar nossxs camaradas entre aquelxs que não se aferram a profissões e a corporações, como se estas fossem a base primeira de qualquer política. Estamos atrás de gente que ainda não sabe muito bem que interesses defende, ou que legitimidades apregoa; gente que, por isso mesmo, abre-se à politização de mal-estares que carecem de sujeito político. Não os mal-estares dos "antropólogos contra o fascismo", ou coisas que o valham. Sim os mal-estares de quem se opõe ao fascismo não por mandato profissional, mas por uma aposta em certo vislumbre do bem-estar coletivo que possa ser partilhado com qualquer um. Resumo da ópera: nosso antifascismo parte, em primeiro lugar, da afirmação daquilo que o fascismo nega conscientemente; daquilo que é preciso reivindicar com força e sem complexo se quisermos oferecer uma oposição real ao fascismo. O nome “daquilo” costumava ser “comunismo” durante o século XX. Mas os nomes pouco importam. Os formalismos não são nada, os conteúdos são tudo. Domingo, sob qualquer bandeira, falemos de conteúdos.

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